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O que é tanino? (Para que serve e mais)

O senhor gostaria de saber o que é tanino?

Ao longo de nossa vida consumimos alimentos ricos em taninos sem saber ao certo sua importância e seu impacto sobre nosso organismo, portanto, saber o que é o tanino nos permite entrar num mundo desconhecido para muitos.

O vinho é uma dessas bebidas ricas em taninos, e o fato é que as uvas têm propriedades únicas que proporcionam ao produto final um grande número de fatores.

Entre os quais se destaca o tanino, e é por isso que podemos encontrar adstringência ao bebê-lo.

Saber o que é tanino nos permitirá compreender melhor um assunto pouco conhecido que, por sua vez, engloba muitos alimentos que estão presentes em nossa rotina diária.

O que são taninos?

Os taninos são compostos fenólicos que têm propriedades adstringentes e antiinflamatórias, bem como ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres e reduz o risco de doenças degenerativas.

Entretanto, os alimentos ricos em tanino não devem ser abusados, pois quantidades excessivas podem reduzir a absorção de nutrientes como ferro ou proteínas, e podem causar deficiências que podem levar a doenças graves.

Os taninos produzem uma sensação de aspereza, secura e amargura, mas têm bons efeitos sobre a saúde, embora às vezes possam atuar como anti-nutrientes, reduzindo sua absorção.

De acordo com suas propriedades químicas, os taninos podem ser classificados da seguinte maneira:

  • Taninos hidrolisáveis: aqueles compostos de ácidos fenólicos
  • Taninos condensados: Taninos que são formados por antociânico

Alimentos diferentes têm taninos, como uvas, vinho tinto, café, maçãs, marmelo, espinafre e romã, entre outros, o que os torna mais comuns do que muitas pessoas pensam.

O que são os taninos no vinho?

Os taninos no vinho são aqueles que produzem acidez, secura e amargor no vinho, além de serem responsáveis por proporcionar complexidade em seu sabor.

Os taninos em vinho vêm das uvas, mas também vêm da madeira em que o vinho é envelhecido.

Taninos produzidos por uvas

Os vinhos tintos são ricos em taninos, as uvas de que são produzidos são carregadas com peles e grainhas, o que permite uma alta concentração de taninos que de alguma maneira marca o caráter do vinho e até mesmo seu sabor.

Durante o esmagamento das uvas e o posterior processo de fermentação, o mosto entra em contato com as peles, grainhas e caules da videira, afetando o sabor do vinho.

Da mesma forma, o tempo que o mosto permanece em contato com as peles e outras partes da uva desempenha um papel fundamental.

Já que quanto mais longo o tempo em contato, maior a transferência recebida, razão pela qual os vinhos tintos recebem uma maior concentração de taninos do que os vinhos brancos.

Taninos produzidos pelo barril

Os taninos da madeira são dissolvidos no vinho graças ao contato com as aduelas de carvalho que compõem os barris em que o vinho é envelhecido.

Por um certo tempo, e são precisamente as aduelas que fornecem os sabores e as características organolépticas que conferem ao vinho sua complexidade.

Variedades de uvas tintas ricas em taninos

O método usado para a elaboração do vinho, marca de alguma maneira a quantidade de taninos que ele pode ter, no entanto, é também importante ressaltar que há algumas variedades de uvas que são mais ricas em taninos do que outras.

As variedades com mais taninos que podemos encontrar são:

  • Tannat
  • Nebbiolo
  • Cabernet Sauvignon
  • Tempranillo
  • Montepulciano
  • Petit Verdot
  • Petite Syrah

As variedades com menos taninos que podemos encontrar são:

  • Barbera
  • Zinfandel
  • Pinot Noir
  • Primitivo
  • Grenache

O que é tanino e para que ele é usado?

O tanino é uma substância química vegetal natural que está presente no vinho e vem das partes mais sólidas da uva, como a pele, a pele e as grainhas.

Mas o tanino também pode vir da madeira dos barris e é mais abundante nos vinhos tintos e rosados do que nos vinhos brancos.

Os taninos têm tamanhos moleculares diferentes e, com o tempo, eles se unem a outros num processo conhecido como polimerização, de modo que, com o tempo, essas moléculas atingem um tamanho considerável e deixam de estar em suspensão, o que as leva a precipitar e a se tornarem sedimentos.

No entanto, eles não devem ser considerados como um defeito do vinho; pelo contrário, os taninos dão complexidade ao vinho final, o que o faz sobressair dos demais.

Os taninos são usados para dar sabor e adstringência ao vinho, o que os torna um fator determinante no produto final, além de valorizá-lo e proporcionar ao paladar nuances secas, ásperas e ásperas.

Como é avaliada a presença do tanino no vinho tinto?

O tanino é aquele que proporciona um gosto seco, áspero, áspero, adstringente e pode ser percebido especialmente no meio da língua e na parte da frente da boca, mas também podemos detectar a presença de taninos no vinho com o nariz.

O tanino na boca

Para poder analisar que tipo de tanino está presente no vinho, é preciso tomar um gole e segurar o vinho por cerca de 15 segundos, que é o tempo necessário para que os taninos mostrem sua máxima expressão.

Isso nos permitirá determinar com que tipo de tanino estamos lidando e as possibilidades de evolução e envelhecimento do vinho, e para isso devemos ter em mente o seguinte:

  1. Se depois de 15 segundos as gengivas estiverem ligeiramente secas, o tanino é doce e aveludado, e o vinho está no ponto ótimo para o consumo e deve ser bebido agora, pois não vai evoluir muito mais.
  2. Mas se surgir uma sensação de secura e acharmos difícil recuperar nossa salivação, há dois cenários possíveis: primeiro, que a dureza tânica seja acompanhada de um aroma de madeira velha, o que indicaria que foram usados barris muito velhos, e segundo, que essa dureza tânica seja acompanhada de certos traços de verdura, o que seria devido a um excesso de maceração desnecessária das uvas.
  3. E se após 15 segundos, os taninos se tornam ácidos, salinos, deixando o paladar suculento e não é necessário passar a língua sobre as gengivas para recuperar a salivação, os taninos são sedosos e indicam que estamos tratando de um vinho com capacidade de envelhecimento.

O tanino no nariz

Os taninos presentes no vinho não são apreciados apenas com a boca, mas também com o nariz podemos detectar sua presença, sua composição e se são taninos de madeira ou de uva.

  1. Podemos dizer que estamos diante de taninos de madeira quando eles nos lembram baunilha, caixa de charutos ou especiarias frescas, mas se não atingem a qualidade ideal, nos lembram serradura ou pó de madeira velha.
  2. Podemos perceber que estamos diante de taninos de uva, quando deixam notas de frutas vermelhas, mas se sua qualidade é menor, aparecem aromas vegetais, madeira verde, flores murchas, canela rançosa ou ferrugem.

Os taninos não só permitem uma complexidade aromática no vinho, como também permitem alguns benefícios à saúde.

E graças às suas propriedades adstringentes e antiinflamatórias são eficazes em tratamentos relacionados com distúrbios digestivos e intestinais, bem como na redução do risco de doenças cardíacas.

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